GUILHERME SALVADOR ARQUITECTO

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Novo Aeroporto do Porto.

1985, Concurso

Este trabalho, constituiu o conjunto integrado de vários elementos de projecto que apoiaram a proposta do consórcio formado pelas empresas S. C. Soares da Costa e Azevedo Campos, para execução das obras de ampliação do Aeroporto do Porto, correspondentes à 1 a fase do Plano de Desenvolvimento elaborado pela ANA, EP. Não obstante um maior desenvolvimento a que foram levados os estudos, o trabalho foi apresentado ao nível de Estudo Prévio, e apoiou-se no Programa-base presente a concurso. Do ponto de vista conceptual, a intervenção mais interessante concretizou-se na apresentação de uma proposta variante para o edifício da aerogare, apontando para uma futura instalação de mangas telescópicas. A topografia foi determinante na definição da forma geral desta aerogare, já que a zona de implantação correspondia a uma pequena elevação do terreno, com ligeira mas constante pendente em direção à placa de estacionamento de aviões. A solução proposta conduziria a uma redução significativa do movimento de terras, permitindo uma cota de nível para implantação do piso O, coincidente com o da plataforma. Em consequência, os sistemas de drenagem de águas residuais e pluviais não necessitariam de recorrer a meios electro-mecânicos. As vantagens da solução alargavam-se ao conjunto de acessos e parques de estacionamento que ficariam integrados no terreno natural. Aproveitando os desníveis do terreno natural, criaram-se fachadas de altura e escala de composição diferenciadas, para o "lado ar" e para o "lado terra". Do "lado ar", o edifício apresenta uma fachada de dois pisos, rematada superiormente por um terceiro andar recuado, ritmada horizontalmente pelos volumes correspondentes aos acessos verticais que fazem a ligação das áreas de embarque e desembarque situadas no piso 1 , relativamente à plataforma. Assim se conseguiu uma escala adequada ao espaço (plataforma e áreas operacionais) com que se relaciona esta fachada, libertando-se ao nível do piso O uma área para circulação dos veículos de transporte, e processamento de carga e passageiros, ao abrigo das condições climáticas exteriores. Do "lado terra", o edifício apresenta uma fachada de um só piso, rematada superiormente por um outro, recuado e sublinhado na sua horizontalidade pelo balanço da cobertura do "curbside". Esta variante não foi sequer analisada pelo juri do concurso!!...